domingo, 23 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
sem reacção
Quando te vi hoje, no autocarro foi estilo "balde de agua fria", de certeza que já ouviste a expressão e que deves saber que não é muito bom. Não senti o meu coração a acelerar, e agora que penso acho que encontrei uma resposta... não não quer dizer que já não goste de ti, quer dizer sim, que o meu coração está tão fraco que já nem reacção tem, quer dizer que o destruíste de tal forma que já nem há volta a dar. Não te posso agradecer, não fizeste nada de bom na minha vida. Lamento não te querer bem, mas tu não me fizeste bem, por isso só tenho que te retribuir.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Pêssegos Com Açúcar
(...)
- E como é que se abre o coração? - perguntou ele.
- Isso, só tu é que podes descobrir. Tu é que tens a tua chave.
- E se tu tivesses a minha chave? - desafiou ele, olhando-a nos olhos, numa espécie de jogo, a ver quem é que aguenta mais.
Mais uma vez foi ela que aguentou o olhar e ele sentiu-se outra vez perdido.
- Eu só tenho a tua chave se tu quiseres muito - respondeu - E seu eu também quiser - rematou. - Além disso, ainda é muito cedo para falarmos disso, não achas?
Ela tinha razão, pensou o rapaz. A vida são dois dias muito compridos, há tempo para tudo. E ele sentia que ainda não ia a meio do primeiro.
Por cima da mesa, deu-lhe a mão e agarrou-a com muito cuidado.
- Vou abrir o meu coração - disse-lhe - e tu vais ver o meu coração por dentro. Se gostares, eu arranjo-te um lugar para lá morares. Pode ser assim ?
Ela respondeu com um aceno de cabeça. Cheirava a pêssegos com açúcar e ele sentiu-se de repente muito feliz. Tudo agora começava a fazer sentido. Um novo sentido feito de todos os sentidos. Pêssegos com açúcar, pensou, deve ser tão bom...
Margarida Rebelo Pinto, A Tua Casa É O Meu Coração
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