quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Já não me importo mais comigo. O meu eu deixou de existir no momento em que me apercebi que te amava. Agora só existes tu. Não é que eu queira que isso aconteça, mas eu não tenho culpa. Este sentimento apoderou-se de tudo o que tenho e de tudo o que não tenho. De tudo o que fiz e de tudo o que não fiz. De tudo o que disse e de tudo o que não disse.

Depois de tudo o que passei, e de certeza que ainda vou passar mais, vi em ti um espécie de porto de abrigo, não de namorado nem nada que se pareça, apenas de um amigo com quem eu pudesse contar quando num dia acordasse e precisasse de um ombro para chorar, mas como o passar do tempo isso mudou. Já não és apenas aquele amigo com quem eu queria contar, um amigo só para um ombro amigo. Passaste a ser, talvez, aquele que eu quisesse sempre a meu lado, mais que um amigo. Agora há uma dependência, da tua talvez não, mas da minha sim. Agora o meu coração está fechado a cadeado, à espera que tu venhas com a tua chave mestra e a venhas abrir e se calhar até levar-me para um castelo encantado onde iremos ser felizes para sempre. Como em todas as histórias de amor que são escritas.

1 comentário:

  1. A minha resposta ao lindo texto que escreveste é retirada da anatomia de grey mas acho que diz tudo.
    “Sabem como em crianças acreditávamos em contos de fadas? Aquela fantasia de como a nossa vida seria. Vestido branco, o príncipe encantado que nos levaria para um castelo numa colina. E à noite fechávamos os olhos na cama e tínhamos total e completa fé.
    O Pai Natal, a Fada dos dentes, o Príncipe Encantado, eles estavam tão próximos de nós. Mas acabamos por crescer. Um dia, abrimos os olhos e o conto de fadas desapareceu. A maioria das pessoas vira-se para aquele em quem confia, mas a verdade é que… É difícil esquecer completamente o conto de fadas. Quase toda a gente ainda tem aquele bocadinho de esperança, de fé, de que um dia abrirá os olhos e tudo se tornará realidade.
    No final de contas a fé é uma coisa engraçada. Aparece quando menos se espera.
    É como se um dia percebêssemos que o conto de fadas pode ser um pouco diferente do que sonhávamos.
    O castelo, bem, poderá não ser um castelo e não é tão importante que se seja feliz para sempre, só que se seja feliz agora”

    Excerto do ep. 8 da primeira temporada da série “Anatomia de Grey”

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