sábado, 12 de junho de 2010

não partas

"Não, não partas já, espera um pouco ainda, espera que o tempo passe e nos apazigúe a alma nos arrefeça os ímpetos e nos faça voltar à terra, a essa estúpida e reguladora rotina que nos rege os dias e as noites e nos faz sentir que afinal somos pessoas normais, donas da nossa vida e do nosso coração. Espera só um momento, deixa que o silêncio perpetue os nossos momentos de perfeição, a comunhão das nossas almas em noites passadas em claro, em conversas ligadas por um fio invisível, o fio do desejo, daquele desejo duradouro e certo que o tempo não mata, só ajuda a cimentar, que a distância não destrói, só ajuda a alimentar.
Espera só mais um instante, até que a tua memória quente cristalize os nossos momentos e os preserve como um tesouro secreto por mais ninguém descoberto e cobiçado. Guarda bem estes instantes, num lugar qualquer entre a tua cabeça e o teu coração, que deve ser mais ou menos onde se situa a alma e espera que o tempo te diga se o que sentes vai crescer e dar sentido à tua vida."

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